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Compromissos, reuniões, estresse, muito trabalho e pouco lazer, é assim que podemos definir o cotidiano da maioria dos profissionais, principalmente os que ocupam cargos de gestão. A vida atual é agitada, cheia de contratempos, e por todos esse motivos o período de férias é tão aguardado pelas pessoas que desejam um momento de descanso e alguns dias para cuidar da sua vida, deixando, ao menos por um momento, os problemas da empresa em segundo plano.

Antes do período de férias, é importante definir tudo que deve ser finalizado. Passeios, viagens, curtir a família e tirar o sono atrasado, por exemplo, podem ser algumas das etapas de um bom planejamento de descanso. No entanto concluir algumas atividades pendentes, cuidar do que ficou esquecido em meio a correria do dia a dia - como renovar a carteira de motorista, agendar exames de rotina e cuidar de investimentos, entre outras - também pode se tornar uma boa opção.

Para Taís Cardozo, consultora organizacional da Human Brasil, o profissional deve se desligar por completo do ambiente corporativo para aproveitar os dias de férias, caso contrário ficará apenas longe do escritório, mas com as mesmas preocupações. “Se esse profissional conseguir realmente se desligar, vai ser muito bom. Ele vai ter um tempo só pra ele, vai cuidar um pouco da saúde, desestressar do dia a dia, sair do mundo corporativo e viver um pouco as outras coisas, porque a vida não é só trabalho”, explica. “Agora, para que ele consiga realmente fazer isso e ter férias tranquilas, ele tem que planejar tudo isso. Muitos saem de férias, mas continuam conectados com o ambiente de trabalho ou com o celular ligado, e as pessoas acabam recorrendo a eles, o que torna o profissional apenas 'out of office', porque mesmo longe continua trabalhando”.

“Durante as férias, o mais adequado é descansar o corpo e a mente dedicando o tempo livre às atividades físicas, artísticas e intelectuais que não são permitidas cotidianamente – acampar, nadar, subir montanhas, pescar em alto mar, ir ao teatro ou ao cinema duas vezes por semana, conhecer em um museu, visitar amigos”, complementa Sueli Nascimento, consultora de desenvolvimento pessoal e social da empresa Fluir. “Toda essa atividade, às vezes mais cansativa que a rotina do trabalho, torna a vida muito prazerosa e estimulante”.

Apesar de ansioso com o período de férias, é importante que o profissional tenha alguns cuidados antes de se ausentar, para evitar futuros aborrecimentos. Definir as funções de cada um nesse período facilita o trabalho dos profissionais que se mantêm na organização. É fundamental, por exemplo, que todas as responsabilidades sejam delegadas; uma reunião ou um e-mail, dividindo as atividades, pode ajudar no surgimento de um problema ou de uma dúvida, já que todos saberão a quem se dirigir, sem que precisem incomodar o colega que está de férias. Além disso, deixar tudo encaminhado passa credibilidade, uma vez que o profissional se preocupou com o bom andamento das suas atividades enquanto estiver afastado.

“É principal se pensar no que tem que ser feito antes das férias e o que deve e pode ser feito após as férias, no retorno. Tem que planejar. Tem vários projetos acontecendo, então ele deve sentar com a equipe, dizer como está o status desses projetos, definir o que ele consegue entregar, designar pessoas pra ficarem responsáveis por atividades específicas e ver o que pode ser retomado depois”, define Taís. “Dentro desse contexto, também é importante nomear um líder, que vai assumir na ausência dele, e traçar alguns pontos e linhas estratégicas para que ele não precise ser incomodado. Planejamento e organização, vale tanto para dentro da empresa, quando para as férias”.

Telma Barreto Nogueira, coach practitioner em PNL, acredita que após todos esses cuidados, o descanso do profissional deva ser preservado. É possível que algumas situações exijam a presença do executivo que está de férias, no entanto, é importante que o problema seja analisado antes de incomodar o profissional. “Pode ser que aconteça algo no projeto ou algum problema em que seja extremamente necessário a intervenção do profissional que está ausente, mas o que entendemos é que este é um período que deve ser respeitado, e o melhor a fazer é sempre optar em usar o bom senso”.

Profissional sem férias: quais as consequências?

O cansaço físico e mental são comuns entre profissionais que trabalham por um longo período sem tirar férias. O período de descanso estimula a produtividade na empresa e o relacionamento com a equipe. No entanto, as consequências podem se tornar graves caso esse período contínuo de trabalho se estenda e o executivo não tire pelo menos alguns dias para cuidar das sua vida pessoal e da sua saúde.

Para Sueli os problemas de saúde podem se tornar até mesmo uma síndrome, consequência marcante do estresse profissional. “Além do esgotamento físico e dos conflitos com colaboradores, lideranças – e até clientes e fornecedores – a falta de descanso periódico pode levar o funcionário à Síndrome de Burnout, caracterizada por exaustão emocional, avaliação negativa de si mesmo, depressão e insensibilidade com relação a quase tudo e todos”, explica.

Taís também acredita nos graves problemas de saúde, e ainda aponta os conflitos com a família, que também acabam ocorrendo pela ausência do profissional e cansaço excessivo. “Na vida pessoal, inclusive, é fácil notar um profissional estressado, pois não dá para desmembrar um executivo em só pessoa, e só profissional. Quando ele chega na empresa, por mais que ele seja profissional, se ele deixou um problema em casa, aquilo está afetando no estresse diário dele. E vice e versa. Ele deixou um problema na empresa e foi pra casa, isso vai afetar na estrutura familiar dele também”, esclarece. “As empresas tem que ter essa consciência que todos precisam de férias, é importante. Tentar negociar alguns dias com a empresa é uma alternativa viável, se não der pra tirar 30 ou 20 dias”.

As empresas também são beneficiadas com o profissional que retorna de férias. Ter um colaborador com disposição, descansado e repleto de novas ideias ajuda no crescimento da organização e no desenvolvimento de outros funcionários. Muitas vezes, um profissional que produzia 70% do que seu potencial permitia, passa a produzir mais de 100% após um período de reflexão e descanso.

“O profissional renovado volta com bateria carregada e foca na produção com qualidade. Ele tem muito mais disposição, os problemas se tornam menores e a disponibilidade na resolução de problemas é muito maior”, defende Taís. “É obvio que existem as exceções em todos os lugar, mas de uma forma geral, essa pessoa volta muito mais motivada e transmite essa motivação para as pessoas que estão ao seu redor. Ela fica muito mais fácil de lidar e a comunicação flui de forma muito mais clara.”

Sueli acredita que muito mais do que um descanso, o retorno das férias pode trazer benefícios inimagináveis para a vida do profissional, basta tentar enxergar o melhor, sempre. “Para voltar bem ao trabalho é preciso vivenciar bem as férias. Descansar, revitalizar-se, mas também reascender o desejo de retomar o trabalho e o contato com o grupo. O retorno desse período pode ser um recomeço. Inaugure um novo modo de encarar o trabalho, as relações com os colegas e o cuidado consigo mesmo”, finaliza.


Autora: Maiara Tortorette (Carreira & Sucesso)

 


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