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É a minha companheira inseparável
Sua fidelidade é incomparável
E me perdoa por não ter razão
A minha culpa de estimação

Culpa de Estimação - Cazuza / Roberto Frejat

A culpa é um sentimento que causa o ódio de si mesmo e com isso a autopunição e o desequilíbrio emocional. Isso acontece porque geralmente nasce de uma exigência, de algo que não queremos fazer e que pode nos levar a submissão. A culpa talvez seja o método mais eficaz de fazer com que uma pessoa se submeta aos caprichos ou desejos de outra.

O sentimento de culpa ganhou requintes familiares e muitos pais usam desse sentimento para conduzir seus filhos, educando-os através da chantagem emocional, ou do “... se confessar que teve culpa eu perdôo-o”.

Antigamente era comum, ou talvez ainda aconteça seja nos dias atuais, o pai ou a mãe, quando não tinham um resultado louvável segundo seus desejos, costumavam fazer imposições aos filhos fazendo uso de técnicas culpáveis do tipo: “Deus castiga...”, “isso é pecado...”, “eu vou morrer de tanto desgosto...”, “você quer me matar...” ou ainda punindo com ameaças de falta de amor ou proteção e até mesmo a ameaça de uma exposição pública. Isso só ajuda a produzir uma confusão de idéias e lógica de raciocínio por meio do mal estar emocional.

A culpa é um sentimento que não nasce dentro de nós, precisa ser implantado por outra pessoa e em seguida ser assimilada, quanto mais sugestionável ou ingênua for a outra pessoa, maior será a sua autodestruição. Na medida em que a culpa vai sendo cultivada, cria-se maior dependência ao locutor, aumentando o desconforto interior e, com isso, maior submissão.

Quando não fazemos algo que gostaríamos de ter feito ou que poderíamos ter feito, sentimos um pequeno desapontamento que subitamente se vai, a isso chamamos de remorso. Aí está a diferença entre culpa e remorso, o remorso é um sentimento que nasce dentro da gente, enquanto a culpa vem de quando nos é exigido algo que não temos vontade, que não temos capacidade ou vocação para fazer. Pela falsa compreensão que temos, exigimos isso de nós mesmos: em forma avaliação e, conseqüentemente, de condenação, resultando em culpa de não termos conseguido. A culpa nada mais é que o desejo que os outros tem em dominar a outra pessoa. Cultivar esse sentimento é aceitar essa dominação, é responsabilizar-se pelos remorsos dos outros, pelas incompetências dos outros, pelas frustrações dos outros.

Cada um de nós tem o seu próprio ideal, seu limite, seus recursos e a sua vocação. Para nos livrarmos da culpa basta fazermos apenas o que nos é correto, seguindo nossa consciência, fazer o que não cause danos a nós mesmos ou aos outros. Parar de fazer o que anula nosso livre arbítrio, fazer apenas o que está dentro da nossa capacidade de fazer ou aceitar, dentro das nossas limitações e recursos, sem termos que agradar o outro o tempo todo. Podemos dizer que o afeto dos outros é a forma de interação social mais desejada. Buscamos esse afeto agradando ao outro, fazendo o que o outro gosta, sendo bem-sucedido, cuidando da aparência e, sobretudo, não procurando desagradar ninguém que nos seja importante.

Nós podemos apenas colaborar com os outros conforme a nossa vontade ou afinidade. Agora, submeter-se à vontade do outro só para ser aceito, para agradar, é renunciar ao nosso direito, é comprometer nossa auto-estima.

Culpa advém das regras do grupo em que se vive e se valoriza. Se não valorizássemos as outras pessoas de nossas relações, não sentiríamos culpa quando fizéssemos coisas que as levariam a sofrer, seríamos indiferentes. O problema maior da culpa é a imposição de sanções AO INDIVÍDUO e não ao comportamento específico que produz alguma conseqüência aversiva para os outros e para si.

Devemos aproveitar cada momento de nossa vida para melhorar nossas atitudes sem medo de que alguém nos culpe, sem medo ser sermos com isso egoístas, mas sim porque nos leva a nossa prosperidade e a nossa evolução.

Quando sentimos culpa, estamos em guerra conosco próprios. Violamos algum dos padrões de comportamento muito nossos. Sendo assim, será a melhor altura para passarmos em revista os nossos padrões de pensamento e comportamento, pedir desculpa, fazer compensações e concessões, aprender com a experiência e aprender a desculparmo-nos. Esse também é um grande aprendizado.

A aprendizagem faz-se com erros. Por isso, devemos interiorizar a idéia de que pelo fato de termos cometido um erro, isso não significa de todo que sejamos um erro.

A vida nos pede apenas que façamos a nossa parte, a nossa função, a nossa obrigação... Não cabe a nós viver ou resolver a vida dos outros, podemos apenas orientar, ensinar, ajudar os outros, mas nunca conduzir os outros ou deixar ser conduzido.


Autora: Katia Cristina Horpaczky é Psicóloga Clínica e Organizacional, Psicoterapeuta Sexual, Família e Casal, Especialista em Workshops Vivenciais e Jogos Organizacionais, Arte-Terapeuta, Practitioner em N.L.P. pelo Southern Institute of N.L.P. e pela Society of Neuro Linguistic Programming. Treinada com a metodologia de OUT DOOR TRAINING pela Dinsmore.

 


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